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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Vamos Viajar?


Quem conhece esta história?

Contra a sua vontade Chihiro, uma menina de dez anos de idade, muda com sua família de cidade. 
No caminho, o pai da menininha, descobre uma cidade deserta; mesmo com medo e mais uma vez contra a sua vontade, Chihiro desce do carro com seus Pais.

Após caminharem pela cidade, seus Pais se deparam com enorme banquete e sentam-se para comer, Chihiro deixa-os para conhecer a cidade. Ela encontra Haku, um jovem que pede para ela deixar a cidade o quanto antes.
Apavorada, Chihiro corre ao encontro de seus Pais e vê que eles se transformaram em porcos.
Sozinha e com medo, Chihiro se vê perdida em uma cidade cheia de espíritos e acaba aceitando trabalhar na casa de banhos da bruxa Yubaba; Haku a encontra novamente para ajuda-la e salvar seus Pais a saírem da cidade.

Chihiro é uma menina tímida e mimada porém com a ajuda de Haku, ela ganha autoconfiança e coragem para enfrentar os desafios que este mundo apresenta.

Nesta cidade, Chihiro faz uma longa viagem e conhece os sete pecados capitais, conhece também o medo, a dor, a força e a amizade de Haku – um espírito jovem e preso pela Bruxa. Ao salvar Chihiro, Haku também se torna um espírito livre....

Vendo esta história com outros olhos me deparo com alguns questionamentos.
Quantas e quantas vezes nos contrariamos a ponto de optar em "hibernar", fugir do nosso mundo para viajar para um outro mundo e talvez ganharmos conhecimento, força ou!!  
Por que não dizer também: nos escondermos/nos anularmos?

Quem de nós, assim como Chihiro, pensou várias vezes em esquecer suas lembranças para ficar no mundo que não é seu mesmo este mundo sendo tão inconfortável? 
Será que aqui estamos falando do auto boicote à nossa realidade?
Graças a Haku e à força que até então ela desconhecia, Chihiro opta por voltar à sua realidade.

E Haku?
Um espírito jovem que foi aprisionado dentro de si e encontra em Chihiro a força que outrora teve. Haku adormeceu a ponto de perder sua identidade, mas ganhou a força de um dragão em ver a determinação da menina.

Chihiro, Haku...um complementando o outro...

E você?
O que faz você fazer esta viagem e o que ou quem te ajuda a regressar desta viagem mais forte que por vezes se tornou tão dura?

Beijos, pensem nisso e quando puderem, assistam o Filme!


domingo, 5 de outubro de 2014

O Poder do Não

O poder do Não

Tenho observado mais especificamente em relacionamentos familiares, a dificuldade de se falar esse pequeno advérbio de negação que utilizado em momentos e formas inadequadas, pode causar uma crise e consequências marcantes no futuro do ser humano.

Mas qual a dificuldade em dizer NÃO?!

Para se dizer Não de maneira adequada, é necessário;
  •  parar o que está fazendo,
  •  analisar a situação, o contexto e,
  •  explicar o motivo pelo qual você está indo contrário a criança ou adolescente naquele momento. É o saber onde se deseja chegar com o seu Não e ainda encontrar uma tréplica, caso exista uma réplica ao seu Não.


O Sim é bem fácil, pois não precisamos explicar e somente acenar com a cabeça, com um sorriso e concordar - não há "perda" de tempo, stress, rejeição ou desgastes para os lados envolvidos. É a busca da tão sonhada Paz, porém...Paz temporária.

Muitos temem dizer este advérbio por medo/receio em perder sua aceitação perante a família ou grupo, isto pode ocorrer se for utilizado de maneira rígida, comprometendo assim, um acordo ou um relacionamento importante.

O medo de ser mal compreendido por falarem o que não concordam em uma situação, é maior do que a necessidade de se defender. 
Dizer o Sim quando se deseja de fato falar o não, é se boicotar por medo de não ser aceito.

Devemos entender, que não se consegue agradar a todos ao mesmo tempo e sempre.

Crianças e adolescentes que cresceram recebendo poucos Não de maneira assertiva, serão adultos imaturos, inseguros e com baixo poder para analisar situação ao seu redor, quer seja na esfera profissional ou familiar.

Analisando melhor, temos dois lados deste advérbio:
- o saber Dizer Não relatado acima e
- o saber RECEBER o Não.


O saber RECEBER o não também exige exercício de análise. Aceitar um não logo de primeira, é difícil de se "engolir", cabendo então, aos pais mostrarem à criança e/ou adolescente, a pensarem o motivo de ter sido necessário falar  Não sem voltas ou negociações!
Serve para analisarmos onde falhamos, o que poderia acontecer caso o sim fosse permitido.

Cabe aqui também uma ressalva e acredito que mais árdua: quando precisamos dizer a nós mesmos Não!

O momento certo de nos DIZER  e RECEBERMOS o não. Esse momento requer uma análise profunda para saber dizer e receber de nós mesmos este comando...

Então? Você está pronto para Dizer ou Receber o Não??

Bj à todos!